terça-feira, 30 de agosto de 2011

Intolerância à Lactose




A intolerância à lactose é a incapacidade de digerir a lactose (açúcar do leite) devido à ausência ou quantidade insuficiente de enzimas digestivas. O problema é resultado da deficiência ou ausência dessa enzima intestinal chamada lactase. Esta enzima possibilita decompor o açúcar do leite em carboidratos mais simples, para a sua melhor absorção. Este problema ocorre em cerca de 25% dos brasileiros.
Há três tipos de intolerância à lactose, que são decorrentes de diferentes processos. São eles:
  1. a congênita – muito rara e já acontece logo após o nascimento;
  2. a que ocorre depois de doenças intestinais (como a diarréia) – bastante comum em crianças no primeiro ano de vida. Geralmente se manifesta após episódio de diarréia infecciosa. Nestes casos, após resolvida a infecção, há persistência da diarréia até que ocorra a cicatrização do intestino. Continuar a alimentação com mamadeiras contendo lactose (afora o leite materno), nestes casos, pode prolongar a diarréia. O médico precisa ser consultado para melhor orientação.
  3. a diminuição progressiva da capacidade de digestão da lactose – condição freqüente, que aparece gradualmente a partir dos dois anos de idade até a idade adulta.Diarréia, excesso de gases, dor abdominal e assaduras são as queixas mais frequentes. O tratamento exige a substituição dos alimentos que contém leite.
A soja é um substituto muito recomendado. Não há qualquer base para a substituição do leite de vaca pelo de cabra ou de qualquer outro mamífero. Mas hoje já existem fórmulas industriais com leite de vaca e sem lactose. Crianças mais velhas e adultos podem não precisar de uma dieta tão severa e podem tolerar pequenas porções de lactose. Por exemplo, alguns toleram iogurte, outros não.
 Causas:
- Deficiência congênita da enzima: a criança nasce com um defeito genético que impossibilita a produção da lactase;
- Diminuição na produção da lactase em conseqüência de doenças intestinais;
- Deficiência primária: ocorre diminuição da produção da lactase como conseqüência do envelhecimento. Esse fato é mais evidente em algumas raças como a negra (até 80% dos adultos têm deficiência) e menos comum em outras, como a branca (20% dos adultos).

Sintomas:
Os sintomas mais comuns são náusea, dores abdominais, diarréia ácida e abundante, gases e desconforto. A severidade dos sintomas depende da quantidade ingerida e da quantidade de lactose que cada pessoa pode tolerar. Em muitos casos pode ocorrer somente dor e/ou distensão abdominal, sem diarréia. Os sintomas podem levar de alguns minutos até muitas horas para aparecer. A peristaltase, ou seja, o movimento muscular que empurra o alimento ao longo do estômago pode influenciar o tempo para o aparecimento dos sintomas. Apesar de os problemas não serem perigosos eles podem ser bastante desconfortáveis.
Tratamento:
Não há tratamento para aumentar a capacidade de produzir lactase, mas os sintomas podem ser controlados por meio de dieta.
Alimentos proibidos:
- Leite de vaca, queijos, manteiga, requeijão e demais derivados de leite;
- Preparações à base de leite (bolos, pudins, cremes, entre outros...);
- Bolachas e biscoitos que possuem leite em sua composição.
Deve-se ressaltar que esta orientação dietética não substitui o acompanhamento pelo médico!


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